Com o crescente interesse de brasileiros em viver em Portugal, é essencial estar ciente dos equívocos frequentes que podem surgir durante esse processo. Da busca inicial até a assinatura do contrato, existem várias armadilhas que podem prejudicar os imigrantes desavisados. Neste artigo, exploraremos os principais erros cometidos pelos brasileiros ao buscar imóveis em terras portuguesas.
Basear-se no processo de busca tal como no país de origem
No Brasil, é comum visitarmos vários imóveis e escolhermos aquele que melhor nos atende. Existe ampla oferta de casas e apartamentos destinados à habitação; ao contrário de Portugal, que enfrenta há anos uma crise habitacional que resulta na inversão desta lógica: se há muito mais busca que oferta, os protagonistas desta relação são os proprietários. Aqui, eles escolhem o inquilino e não o contrário.
Comparar preços de imóveis com as mesmas características no Brasil
Comparar os preços dos imóveis em Portugal diretamente com os praticados no Brasil é uma armadilha comum. Os dois mercados têm dinâmicas diferentes, incluindo fatores como economia local, demanda, oferta e condições legais. Essa comparação direta pode levar a expectativas irrealistas e decisões equivocadas.
Realizar busca sem conhecer o mercado e as regiões do país
Um dos erros mais comuns é embarcar na busca por um imóvel em Portugal sem entender adequadamente o mercado local. Cada região tem suas particularidades em termos de preços, tendências e disponibilidade. Ignorar esses aspectos pode levar a escolhas inadequadas e até mesmo a prejuízos financeiros.
Utilizar portais de classificados de imóveis ou redes sociais sem segurança
Recorrer a portais classificados ou a marketplaces em redes sociais pode parecer conveniente, mas muitas vezes é uma armadilha para os desavisados. A falta de segurança nessas plataformas pode resultar em fraudes, imóveis inexistentes ou informações enganosas.
Negociar sem compreender a realidade do mercado
Negociar valores e condições sem um entendimento sólido da realidade do mercado imobiliário em Portugal é arriscado. As flutuações nos preços e nas exigências pretendidas pelos proprietários, bem como a dinâmica do mercado, podem tornar as negociações obsoletas rapidamente, levando a acordos desfavoráveis.
Pagar por reservas sem garantias
Diante da pressão do mercado, o cenário favorece o aumento de golpes e burlas. Fazer um pagamento de reserva sem garantias sólidas sobre a veracidade do imóvel é um grande risco. Sem a devida diligência e verificações adequadas, os imigrantes podem ficar vulneráveis a fraudes ou negociações de imóveis em condições inadequadas.
Aceitar “contratos” informais
Aceitar que o contrato não seja formalizado junto aos órgãos competentes é algo que pode deixar os imigrantes vulneráveis ao buscar um novo lar em Portugal. Uma diferença crucial entre o mercado imobiliário brasileiro e português é a exigência legal de registro do contrato de arrendamento no Serviço de Finanças em Portugal, órgão responsável por regular e fiscalizar a atividade no país.
No entanto, devido aos altos impostos aplicados ao arrendamento e pagos pelos proprietários, não é incomum surgirem propostas para manter a negociação na informalidade, numa tentativa de evitar a carga tributária. Além de constituir sonegação fiscal, aceitar tais condições expõe o imigrante a situações de vulnerabilidade. Muitos brasileiros desconhecem que a comprovação de moradia junto aos órgãos públicos e às entidades de migração requer específicos tipos de documentos, dentre eles o contrato de arrendamento formalizado.
Portanto, é fundamental que os imigrantes estejam cientes das exigências legais e procurem formalizar adequadamente seu contrato de arrendamento. Ignorar esse procedimento pode resultar em complicações legais e dificuldades burocráticas no futuro, além de expor os indivíduos a riscos desnecessários em sua nova jornada em Portugal.
Em conclusão, a busca por imóveis em Portugal requer cuidado e diligência. Evitar os equívocos comuns mencionados acima é essencial para garantir uma transição suave e bem-sucedida para o seu novo lar em terras portuguesas.
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